O mês de novembro é marcado para a medicina veterinária pela Campanha de Prevenção e Controle da Diabetes mellitus Canina e Felina, idealizada e realizada para conscientizar a população sobre a ocorrência da diabetes em cães e gatos, além de alertar médicos veterinários sobre a prevenção e a importância em realizar exames regulares para detectar a doença precocemente.
A Diabetes mellitus é uma das doenças endócrinas mais frequentes em cães e gatos. Embora dados epidemiológicos brasileiros sejam escassos, podemos considerar que pelo menos um em cada 200 cães ou gatos sofrem com essa doença, e o número vem aumentando cada ano. Fato que se explica devido a maior expectativa de vida dos animais, pelo aumento da incidência de obesidade e do sedentarismo dos animais, que vivem cada vez mais em lugares pequenos, como apartamentos e realizam cada vez menos exercícios.
Diante desse cenário e visando a conscientização dos donos de cães e gatos, a fabricante Royal Canin do Brasil leva a Campanha de Prevenção e Controle da Diabetes mellitus com exclusividade para as clínicas e pet shops de todo o país. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia Veterinária (ABEV) a fabricante traz informações sobre a importância da prevenção e controle da doença.
Aprenda a identificar a Diabetes Mellitus – Cães a gatos com diabetes apresentam um aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue por períodos prolongados. Alguns sinais, como: o aumento da ingestão de água, aumento da urina e aumento da fome, mas com perda de peso, podem indicar diabetes. Em cães com diabetes sem controle por tempo prolongado pode aparecer a catarata.
Conheça as doenças ou condições fisiológicas que surgem com a Diabetes – A obesidade é sempre um fator predisponente para gatos, onde pelo menos 80% dos felinos com diabetes são obesos, enquanto que para cães apenas 5% dos casos tem relação com a obesidade. Outro fator importante é a idade do animal, já que o diabetes é mais comum em cães e gatos com mais de sete anos de idade (considerados idosos). Cadelas não castradas podem apresentar maior predisposição para desenvolver a doença também.
Algumas raças apresentam a predisposição para desenvolver a doença, como: Poodle, Schnauzer, Dashchund e Cocker.
Saiba como é feito o tratamento e controle da Diabetes Mellitus – A maioria dos cães diabéticos não produz mais insulina em seu pâncreas em quantidade suficiente, por isso, o tratamento consiste em fornecer insulina exógena (via injeções) duas vezes ao dia, junto com o alimento por toda a vida. Para o cão diabético, o alimento deve conter moderadas e altas quantidades de fibras, carboidratos de digestão lenta (como a aveia), teores normais de proteína e teores moderados de gordura.
Obesidade tem papel fundamental na diabetes felina – A obesidade torna as células do organismo insensíveis à ação da insulina que é produzida. O tratamento adequado consiste em aplicar insulina exógena (via injeções) duas vezes ao dia e submeter o animal a um regime para perda de peso, com um alimento apropriado para essa finalidade.
Prevenir cães e gatos da doença – A principal forma de prevenção é a mantutenção do peso ideal e o uso de alimentos balanceados de alta qualidade para o cão e o gato, evitando o fornecimento de petiscos e alimentos caseiros. A prática de exercícios físicos regulares, como caminhadas para cães e brinquedos para gatos, também ajudam muito na manutenção do peso e auxiliam na adequada ação da insulina produzida naturalmente pelo pâncreas no organismo, evitando o aumento da glicose no sangue. É muito importante que cães de raças predispostas tenham um controle rigoroso de seu peso, e façam exames de rotina com maior frequência. Em cadelas, a castração precoce é uma medida de prevenção importante que também deve ser considerada.